quarta-feira, 23 de junho de 2010

O SEGREDO MAIS BEM GUARDADO DO INFERNO

A tragédia do evangelismo moderno é que, na virada do século XX, quando a lei de Deus foi abandonada e desprezada em sua capacidade de converter a alma, de conduzir os pecadores a Cristo, os defensores do evangelismo moderno tiveram que encontrar outra razão para os pecadores responderem ao evangelho. E a maneira que os evangelistas modernos encontraram para atrair tais pecadores foi a estratégia da “melhoria na qualidade de vida.” O Evangelho foi degenerado para algo como: “Jesus Cristo vai te dar paz, alegria, amor, realização pessoal e felicidade duradoura.” Agora, para ilustrar a natureza antibíblica deste ensinamento tão popular, gostaria que vocês lesem com bastante atenção a seguinte anedota, pois a essência do que estou ensinando baseia-se nesta historinha que vou contar. Então, por favor, leiam atentamente:

Dois homens estão sentados em um avião. Ao primeiro é dado um pára-quedas e é orientado a colocá-lo, pois, o pára-quedas melhoraria a qualidade do seu vôo. Ele fica um tanto cético no início porque não consegue ver como o fato de usar um pára-quedas em um avião poderia melhorar a qualidade de seu vôo. Depois de um certo tempo porém, ele decide experimentar para ver se o que lhe havia sido dito era mesmo verdade. Então, quando ele coloca o pára-quedas, ele nota o peso sobre seus ombros e descobre que tem dificuldade para sentar-se direito. Mesmo assim, não tira o pára-quedas de imediato, pois se consola com o fato de que lhe foi dito que o pára-quedas melhoraria o seu vôo. Assim, ele decide dar um tempinho para ver se a tal coisa funciona mesmo. Enquanto espera, percebe que alguns dos outros passageiros estão rindo dele, pelo fato de ele estar usando um pára-quedas em pleno vôo. Ele começa a sentir-se um tanto humilhado. Quando os outros passageiros começam a apontar e rir dele, ele não agüenta mais! Então, encolhe-se em sua poltrona e arranca o pára-quedas, jogando-o ao chão. Desilusão e amargura preenchem o seu coração, pois, pelo que parece, contaram-lhe uma mentira absurda!

O segundo homem também recebe um pára-quedas, mas escutem só o que lhe é dito: “Coloque este pára-quedas, pois a qualquer momento você terá que saltar deste avião e nós estamos a 25.000 pés de altura.” Ele fica muito agradecido e coloca logo o pára-quedas; Nem percebe o peso do objeto sobre seus ombros, muito menos se incomoda com o fato de que não consegue sentar-se direito, pois sua mente está ocupada (ou até mesmo consumida) pelo pensamento do que aconteceria se saltasse sem o pára-quedas.

Vamos analisar o motivo e o resultado da experiência de cada um dos passageiros. O motivo do primeiro homem para colocar o pára-quedas foi apenas para melhorar a qualidade de sua viagem. O resultado da experiência foi que ele se sentiu humilhado pelos passageiros, ficou desiludido e bastante amargurado em relação àqueles que lhe deram o pára-quedas. Ele precisará de um longo tempo para recuperar-se da experiência e, possivelmente, nunca mais vai aceitar uma coisa daquelas novamente. O segundo homem colocou o pára-quedas simplesmente para escapar do salto para morte e, devido ao conhecimento do que aconteceria se saltasse despreparado, ele tem uma profunda alegria e paz no coração, pois sabe que será salvo de uma morte certa e terrível. Tal conhecimento dá-lhe a habilidade de suportar o escárnio dos outros passageiros. Sua atitude em relação a quem lhe ofereceu o pára-quedas é de profunda gratidão.

Agora, escutem o que os métodos de evangelismo moderno dizem. Eles dizem assim: “Coloque o Senhor Jesus Cristo. Ele te dará amor, alegria, paz, realização pessoal e felicidade duradoura.” Em outras palavras, “Jesus melhorará a sua viagem.” Dessa maneira, o pecador responde ao apelo de um modo experimental e coloca [veste] o Senhor Jesus para ver se a “propaganda” é verdadeira. E o que vem sobre ele? Tentação, tribulação e perseguição. Os outros passageiros escarnecem dele. O que ele faz, então? Arranca o Senhor Jesus e joga ao chão, pois se sente ofendido por causa da Palavra (Marcos 4.17). Ficou desiludido e bastante amargurado, e com razão. Pois, prometeram-lhe paz, alegria, amor, realização e felicidade duradoura, e tudo o que conseguiu foram provações e humilhação. Então, ele passa a apontar sua amargura em direção àqueles que lhe deram as tão famosas “boas novas”. Seu último estado é pior do que o primeiro: outro desviado inoculado e amargurado.

Santos, ao invés de pregar que Jesus melhora a qualidade do vôo, nós deveríamos estar alertando os passageiros que eles terão que pular do avião. Ou seja, “que está determinado ao homem morrer uma só vez, e que depois disto virá o julgamento.” (Hebreus 9:27). E aí, quando o pecador entender as horríveis conseqüências por quebrar a Lei de Deus, ele correrá para os braços do Salvador para escapar da ira vindoura. E, se formos testemunhas verdadeiras e fiéis, é isso que deveremos pregar: que existe uma ira vindoura; que Deus “ordena a todas as pessoas em todos os lugares que se arrependam” (Atos 17:30). Por que se arrepender? “Porque Ele estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça” (vs. 31). Entenda que a questão não é sobre felicidade, mas sim, justiça. Não importa o quanto o pecador possa estar sendo feliz ou o quanto ele possa estar aproveitando [curtindo] “os prazeres passageiros do pecado” (Hebreus 11.25) Sem a justiça de Cristo, ele perecerá no dia da ira. “De nada aproveitam as riquezas no dia da ira; porém a justiça livra da morte.” (Provérbios 11.4). Paz e Alegria são frutos legítimos da salvação, mas não é legítimo usar tais frutos como propaganda para a salvação. Se persistirmos em fazer isso, os pecadores responderão à mensagem com um motivo impuro, desprovidos de arrependimento.

Agora, vocês conseguem lembrar porque o segundo passageiro tinha alegria e paz no coração? Era porque ele sabia que o pára-quedas ia salvá-lo da morte certa. E como crente, como Paulo diz, eu tenho “alegria e paz em crer” (Romanos 15:13), porque sei que a justiça de Cristo me livrará da ira vindoura. Agora, com esses pensamentos em mente, vamos analisar com cuidado um incidente a bordo do avião. Aparece uma aeromoça novata. Ela carrega uma bandeja com café fervendo [de tão quente]. É o seu primeiro dia de trabalho. Ela quer que este dia fique marcado na mente dos passageiros, e consegue seu intento, pois conforme está andando pelo corredor, tropeça e despeja café quente no colo do nosso segundo passageiro. Qual a reação dele ao sentir o líquido fervente queimar a sua pele? Será que ele grita: “Aaaaaii! Que dor!” A-hã, ele sente a dor. Mas será que arranca o pára-quedas e o joga ao chão? Será que ele esbraveja dizendo: “Droga de pára-quedas!”? Não. Por que ele faria isso? Ele não colocou o pára-quedas para melhorar a qualidade de seu vôo. Ele colocou para salvá-lo da morte certa. Por isso, o incidente faz com que se agarre ainda com mais força ao pára-quedas e mal consiga esperar a hora de saltar.

Então, se “colocarmos” o Senhor Jesus pelo motivo correto, isto é, para escapar da ira vindoura, quando vier a tribulação, quando o vôo ficar turbulento, nós não ficaremos com raiva de Deus e nem perderemos nossa paz e alegria. Por que faríamos isto? Não aceitamos Jesus para melhorar nosso estilo de vida: nós o aceitamos para fugir da ira vindoura. Portanto, ao invés de nos irarmos, a tribulação conduz o verdadeiro crente para mais perto do Salvador. E, infelizmente, temos literalmente, multidões de pessoas que se professam Cristãos, mas que perdem sua alegria e paz quando o vôo fica turbulento. Por quê? Porque são o produto de um evangelho humanista. Estes crentes vêm a Jesus sem arrependimento, sem o qual não há salvação

IDENTIFIQUE UM FALSO PROFETA

Há muito tempo, os antigos falavam que no fim das eras iriam surgir falsos profetas. E não é que “realmente” chegou este tempo? Não é tão fácil combater a propagada mentirosa dos falsos profetas porque eles têm afirmado que as suas doutrinas são baseadas na palavra de Deus. Um artigo num jornal relatava: “As mentiras milenares precisam ser extintas, embora saibamos que uma mentira repetida por mais de mil vezes se converte em verdade” Realmente, os falsos profetas têm conseguido, com exímio, imprimir ou inculcar continuamente as suas doutrinas conflitantes na mente de milhares ou até milhões, por um meio bem mais fácil, a grande média, com maior intensidade, a televisão. Uma pergunta: Como identificar os falsos profetas? Vejamos o relato de Mateus 7: 15 que diz: “Vigiai-vos dos falsos profetas que se chegam a vós em pele de ovelha, mas que por dentro são lobos devoradores”. Jesus vai mais além, por revelar outras características que os falsos profetas demonstrariam, como por exemplo, os seus frutos, e até perguntou: “Colhem-se uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos? Toda a árvore boa produz fruto excelente, mas toda árvore podre produz fruto imprestável. Pelos os seus frutos reconhecereis estes homens, e ainda alertou que eles iriam fazer supostas curas pela fé, expulsariam demônios, etc. Com razão, certa vez Cristo chamou os fariseus de obreiros do que é contra a lei.

Jeremias serviu como profeta de Deus em Jerusalém numa época em que a cidade estava cheia de derramamento de sangue corrupção, imoralidade e idolatria. Havia outros profetas interesseiros e corruptos. Em que sentido? Deus diz: “Desde o profeta até mesmo ao sacerdote, cada um age de modo falso. E tentam sarar superficialmente o quebrantado, dizendo: ‘Há paz! Há paz!’, quando não há paz” . Apesar dos falsos profetas se esforçarem em dizer ao povo que as coisas estavam indo bem no país, porém, Jeremias, o profeta verdadeiro, corajosamente proclamava: “’Eis que sou contra os profetas’ é a pronunciação de Deus, ‘aqueles que furtam as minhas palavras, cada um de seu companheiro’”. Os falsos profetas tinham furtado a força e o efeito das palavras de Deus, por incentivar as pessoas a dar ouvidos a mentiras, em vez de à verdadeira advertência de Deus. Em nossos dias, eles também escondem os fatos e furtam a palavra de Deus através do sensacionalismo e o alarde evangélico, midiático. Suas palavras embora sejam em tons diferentes, são dóceis, fazem cócegas aos ouvidos dos mais desatentos e desavisados: Observem-as: “Orem a Deus que tudo vai dar certo. Depende de sua fé para receber a cura de seus males. Pagando o seu dízimo, 10%, o seu salário será multiplicado. Vai em paz, Jesus te ama! Por se envolverem na política consolam os desgraçados sociais: “Seu voto pode mudar o país”.

O filósofo Sam Harris que tem exposto a mentira religiosa, através de seus livros. Observe o que ele disse: “A religião é construída sobre mentiras. Não me refiro aos espetáculos de hipocrisia, como quando um pastor evangélico é flagrado com um garoto de programa... Mas quando mamãe diz que vovó morreu foi para o céu, mamãe não sabe. A verdade é que mamãe está mentindo, para si própria e para os seus filhos, e a maioria de nós encara tal comportamento como se fosse perfeitamente normal. Em vez de ensinarmos as crianças a lidar com o sofrimento e ser felizes apesar da realidade da morte, optamos por alimentar seu poder de se iludir e se enganar” (Edição de Veja, 26 de dezembro de 2007)”.

Não se pode negar que a religião foi alicerçada sob mentiras durante milênios e ainda continua desenvergonhadamente ensinando mentiras. Cristo, em certa ocasião disse, que uma casa construída sobre a areia quando chega uma tempestade, se desmorona facilmente, portanto, do mesmo modo irá ocorrer em breve com a religião falsa. Não podemos mais aceitar esta enxurrada de propaganda, mentirosa, promovida por homens interesseiros e inescrupulosos, travestidos de superfinos apóstolos que se sobrepõe à palavra de Deus transcrita na Bíblia, que é divinamente inspirada e proveitosa, para ensinar, repreender, endireitar as coisas e disciplinar em justiça. A Bíblia desmente os falsos profetas, sem rodeios quando fala sobre a condição dos mortos: Observe: “Pois os viventes sabem que hão de morrer, porém, os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa, mas, a sua memória ficou entregue ao esquecimento” Eclesiastes 9: 5. Há pessoas, que apesar de não conhecerem uma página da Bíblia, raciocinam de forma lógica, e respeitam o livro agrado, enquanto, aqueles que andam com ela embaixo do braço infringem o mandamento de Deus por causa de suas tradições.

Às vezes, muitos se perguntam: Até que ponto a mentira se perpetuará? Contudo, chegou o tempo de investigarmos cabalmente, tudo o que a Religião nos ensinou. Conforme a profecia bíblica predisse, o conhecimento, nestes últimos dias se tornaria abundante, portanto, chega de manipulação. Não há mais escapatória para os falsos profetas continuarem se estribando em sua própria compreensão. A orquestra está tocando afinadamente por diversos segmentos da sociedade, querendo o fim do maior instrumento dos falsos profetas, a religião. Dar trégua a eles, jamais! Não nos intimidemos em questioná-los, “SEM MEIAS PALAVRAS, E NEM MEIAS VERDADES”. Por que não pela a grande mídia? Não é por dela que tanto eles enganam a população? Claro, sem deixar de lado a palavra de Deus, que tem a autoridade máxima e é soberana para por abaixo toda sorte de mentira. “Enquanto a verdade calça os sapatos, a mentira já deu meia volta ao mundo”.

Os profetas de Deus sofreram muito por denunciar a fraude dos profetas de baal. Este era cultuado e admirado por milhares, mas, chegou o tempo da adoração a baal ser varrida em Israel. Como? O rei Jeú reuniu uma multidão no templo de baal fingindo que iria prestar um ato de adoração, e então, os seus 450 profetas foram mortos numa emboscada, inesperadamente. De modo similar, todos os falsos profetas da atualidade e seu instrumento de engano, a religião falsa, se preparem, pois em breve, Deus, o “Verdadeiro Deus” incutirá o seu pensamento nos corações mentais de governantes políticos, através da (ONU) para desferir um duro ataque devastador contra todos aqueles que transformaram a verdade de Deus em mentira. Revelação 17: 16,17. Concluindo o assunto, eu diria que façamos séria reflexão, no sentido de repensar a maneira que Deus requer que o adoremos, pois, em sua palavra está escrito que a adoração que Deus aceita tem de ser em espírito e verdade... João 4: 24

ABORTO A LUZ DA BÍBLIA

Deus criou o homem e a mulher, abençoou-os e disse-lhes: «Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a... E viu Deus tudo quanto tinha criado, e eis que era muito bom» (Gn 1:28, 31). Verificamos desde logo que a reprodução era um dos propósitos da criação do homem por Deus. Por outro lado, não lemos em passagem alguma que o homem tenha o direito de matar o seu semelhante - aliás, um mandamento é «não matarás» (Êxodo 20.13, Rom.13:9).


Ora, a criança que está no ventre da mãe é um ser com identidade própria. Sabia que o primeiro órgão a ser formado no feto é o coração? E que o coração começa a bater 21 dias após a concepção ? Neste sentido, quem aborta está a assassinar um ser humano criado por Deus.



A VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL
Quem tem poder para tirar a vida? É porventura o homem quem pode decidir o futuro de um outro seu semelhante quanto ao momento da sua morte? Lemos em 1.ª Samuel 2:6 que a autoridade para decidir o momento da morte de alguém pertence exclusivamente a Deus: «O Senhor é que tira a vida e a dá: faz descer à terra e faz tornar a subir dela».
Lemos por outro lado no Salmo 139:13 que é o Senhor Quem opera a formação de um ser vivo, e que o faz mover no ventre de sua mãe: «Pois Tu formaste o meu interior; Tu entreteceste-me no ventre da minha mãe».
Neste verso, a protecção e a possessão de Deus e o Seu poder criativo são extensivos à vida pré-natal. Este ensino torna impossível considerar o embrião ou feto como «simples pedaço de tecido». O mínimo que alguém pode dizer é que no momento da concepção já existe um ser humano em potencial (melhor, um ser humano com potencial), o qual é sagrado e de valor, à vista de Deus, evidenciado pelo Seu envolvimento pessoal.

Os pés de um feto com 10 semanas



A PASSAGEM DE ÊXODO 21:22,23
«Se alguns homens pelejarem e ferirem uma mulher grávida, e forem causa que. aborte, porém se não houver morte, certamente será multado... Mas se houver morte, então darás vida por vida».
Esta é a única passagem que na Bíblia aborda directamente o tema do aborto. e tem sido apresentada como justificação para a aceitação do aborto. Trata-se de um caso em que o aborto é provocado, mas como que acidentalmente. Se uma mulher perdesse o filho, havia apenas uma indemnização: se a mulher morresse também, quem a ferisse teria de pagar com a sua vida. Para quem defenda o aborto, a dedução que é feita é que, visto só haver indemnização no caso de aborto, isso significaria que o feto não teria alma, que apenas seria ganha ao nascer. Levando um pouco mais adiante este pensamento, concluiríamos que o aborto induzido seria biblicamente permitido. Ora, isso seria forçar a aplicação da lei do Êxodo, que trata de um aborto acidental, e não induzido, o que são duas coisas absolutamente distintas: uma, é acidentalmente alguém provocar o aborto a outrem, outra, e com consentimento da mãe, provocar-se o aborto. Todavia, mesmo acidental, lemos que em tal caso havia uma sanção, o que denota a gravidade desse aborto acidental, precisamente porque estava em causa a vida.

E SE... NASCER... DEFORMADO ?
Esta é uma desculpa apresentada para se considerar a hipótese do aborto, que aliás, a nossa Lei actualmente já prevê.
Em primeiro lugar importa notar que Deus criou o homem com características tais que, mesmo em condições à primeira vista adversas, consegue sobreviver e adaptar-se. Por outro lado, quando essa vida e impossível, a morte vem por si própria. Assim sucede por exemplo quando a criança nasce com deformações encefálicas anormais (cérebro). Geral-mente, a criança morre passados poucos minutos depois do parto.
Mas, mesmo que haja seguros motivos de que a criança venha a nascer deficiente, será esse um motivo para se aceitar o aborto? Vejamos o que a Palavra de Deus nos diz a este respeito: «Quem fez a boca do homem? Ou quem fez o mudo ou o que vê, ou o cego ? Não Sou Eu, o Senhor?» (Êxodo 4:11). «E passando Jesus, viu um cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego ?" Jesus respondeu: "Nem ele pecou nem seus pais, mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus"» (S. João 9:1-3).
A resposta da Bíblia é clara. Aceitar a morte de crianças ainda não nascidas, conduz a aceitar também a eutanásia infantil, isto é, o homicídio de bebés recém-nascidos que sejam doentes ou deficientes. E a aceitar isto, não faltaria muito para aceitar também a eutanásia dos inválidos, idosos e todos os que, independentemente da sua idade, não possam cuidar de si mesmos ou se sintam à parte da sociedade. Se se entender que o universo se formou por acaso e que o homem é descendente duma criatura pré-histórica, não há razão para se preocupar com a vida humana. Mas, sabendo que o homem foi criado e que tem um destino especial diante do Seu Criador , então concluiremos que a defesa da dádiva divina, que é a vida humana, é de facto inalienável.

O FETO TEM ESPÍRITO
A questão é polémica e misteriosa. Por muito que se argumente, é difícil chegar a uma conclusão do momento exacto em que o ser vivo passa a ter alma e espírito. Antes de mais, é importante não confundir alma com espírito. Aquela é a vida, capacidade de reacção e entendimento. O espírito é a consciência, o elo de ligação com o mundo espiritual ? É deste que se põe o problema, pois se tem espí rito, se for morto no aborto, terá um destino eterno (certamente o céu).
A este propósito, pode dizer-se que a criança já no ventre da mãe tem vida, «dá pontapés» e reage. Será essa uma evidência de alma ou de espírito ? Independentemente de tal facto, importa atender para o que a Bíblia diz: «Antes que te formasses no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei» (Jer.1:5). «Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe» [ora, para ser em iniquidade, tinha que ter espirito; se assim é, mesmo morrendo por aborto, só pela obra de Jesus pode ir para o céu !...] (Salmo 51:5). «O Senhor me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome;... O Senhor me formou desde o ventre para seu servo...» (Isaías 49:1,5). Lemos ainda no Salmo 139: "Pois Tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventro de minha mãe. Os Teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles".

OPÇÃO ENTRE MÃE E FILHO
Há situações extremas na vida de escolha entre duas coisas igualmente importantes. Qual deve ser a reacção de um crente se o médico disser que, havendo parto, uma vida cederá ? ou a da mãe, ou a da criança. Por qual optar? Há duas vidas em jogo: a vida tem igual valor. Perante uma situação destas muitos não hesitariam em optar pela vida da mãe em vez da criança. É uma opção lógica, lícita e mais racional. Na vida de um cristão, se isso suceder, creio sinceramente que é seguramente uma provação da sua fé em Deus. Mas, de qualquer forma, qualquer que seja a decisão, ela deve ser obtida em comum pelo casal, e pela mesma serão responsáveis perante Deus, porque pertencente ao foro individual de cada um.
Não nos é lícito indicar qual a «melhor» escolha, porque ela na prática é difícil e envolve uma situação psicológica terrível. Muitos têm enfrentado esta situação, e entregue tudo nas mãos de Deus, e sucede que nem a mãe nem o filho morrem, se assim for a Vontade de Deus. Contudo, como já referido, essa é uma questão do foro individual e com a consequente responsabilidade perante Deus, não nos sendo lícito dogmatizar nem reprovar qualquer escolha.